Não podemos negar nossas heranças africanas. Pelo contrário deveríamos estar orgulhosos de ter em nossas veias o sangue guerreiro e lutador que é característico dos povos da África. No Brasil, faz vergonha ter na história contada e registrada o peso da escravidão.
Apesar dos avanços obtidos em muitos aspectos, ainda há uma longa caminhada em direção ao combate à intolerância religiosa. O primeiro passo é conhecer para em seguida respeitar. Coletei uns trechos da internet que respondem a algumas questões, mesmo que superficiais, mas que não deixam de contribuir.
Na mitologia yoruba, Olorun é o deus supremo do povo yoruba, que criou as divindades ou semideus chamados Orixás, guardiões dos elementos da natureza, para representar todos os seus domínios aqui no aye. (em yoruba Òrìsà; em espanhol Oricha; em inglêsOrisha). Também existem orixás intermediários entre os homens e o Deus africano, mas não são considerados deuses, são considerados ancestrais divinizados após à morte. Cultuados no Brasil, Cuba, República Dominicana, Porto Rico, Jamaica, Guiana, Trinidad e Tobago,Estados Unidos, México e Venezuela. Em cada templo religioso são cultuados todos os orixás, diferenciando que nas casas grandes tem um quarto separado para cada Orixá, nas casas menores são cultuados em um único (quarto de santo) termo usado para designar o quarto onde são cultuados os orixás.
Alguns orixás são só assentados no templo para serem cultuados pela comunidade, exemplo: Odudua, Oranian, Olokun, Olossa, Baiani,Iyami-Ajé que não são iniciados Iaôs para esses orixás.A Iyalorixá ou o Babalorixá (mães e pais de santo)são responsáveis pela iniciação dos Iaôs e pelo culto de todo e qualquer orixá assentado no templo, auxiliada pelas pessoas designadas para cada função. Existem orixás que são cultuados pela comunidade em árvores como é o caso de Iroko, Apaoká, os orixás individuais de cada pessoa que é uma parte do orixá em si e são a ligação da pessoa, iniciada com o orixá divinizado; ou seja, uma pessoa que é de Xangô, seu orixá individual, é uma parte daquele Xangô divinizado, com todas as características, ou arquétipos. (pt.wikipedia.org
“ A primeira diferença entre candomblé e umbanda:O candomblé é uma religião iniciática, que apesar de bem deturpada, tem seus fundamentos nas religiões tribais africanas (milenares) trazidas pelos escravos para o Brasil. E com eles vieram os orixás africanos, todos negros, sem mistura de credo, pois não conheciam as religiões católica e espírita nem de longe (os escravos). A umbanda foi criada por volta de 1900, não se sabe exatamente a data, no Rio de Janeiro, onde o primeiro babálorixá de terreiro criou as regras, ou foram ditas por seus guias, assim foi criada a umbanda, que hoje, já não se sabe mais o que é realidade ou fruto de imaginação.”(www.sobresites.com)
O Sincretismo Religioso, definido como a fusão entre duas ou mais crenças religiosas, apareceu entre os séculos XVI e XIX, com o tráfico de escravos, que trazia negros da África para o Brasil. Esta mistura de religiões surgiu no momento em que os africanos se viram obrigados a não praticar os rituais do candomblé, já que era proibida a prática de outra religião que não fosse o catolicismo. Neste período, o candomblé foi visto pela maioria dos brasileiros como bruxaria e reprimido pelas autoridades policiais. Os negros faziam associações entre os santos da Igreja Católica e os seus orixás para camuflar seus costumes religiosos. No ritual dissimulado, os escravos adoravam os santos católicos quando, na verdade, estavam venerando suas próprias entidades, mantendo acesas suas crenças e rituais.
A estratégia utilizada pelos negros acabava ludibriando os senhores, fazendo-os acreditar que era os santos católicos a razão da devoção deles. Os cânticos eram efetuados na língua original dos africanos, já que não se entendia o que eles estavam dizendo. (http://blig.ig.com.br/jonlinesenac/2008/10/01/sincretismo-religioso-uma-associacao-entre-as-religioes-africanas-e-o-catolicismo/)_
As chamadas Religiões Afro-Brasileiras: o candomblé que é dividido em várias nações, o batuque, o Xangô do Recife e o Xambá foram trazidas originalmente pelos escravos. Estas religiões foram perseguidas, e acredita-se terem o poder para o bem e o mal. Hoje são consideradas como religiões legais no país, mas mesmo assim, muitos de seus seguidores preferem dizer que são "católicos" para evitar algum tipo de discriminação, principalmente na área profissional. Porém, aos poucos, vão sendo mais bem compreendidos.
Nas práticas atuais, os seguidores da umbanda deixam oferendas de alimentos, velas e flores em lugares públicos para os espíritos. Os terreiros de candomblé são discretos da vista geral, exceto em festas famosas, tais como a Festa de Iemanjá em todo o litoral brasileiro e Festa do Bonfim na Bahia. Estas religiões estão em todo o país. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Religiões_no_Brasil)
Mãe Stella de Oxóssi Iyálorixá do Candomblé, Salvador, Bahia
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